Carta aberta para você.

 

Ontem, eu fiquei pensando muito em escrever coisas que estão entaladas na minha garganta há anos. Eu venho trabalhando com o perdão, aceitação e empatia, e é um trabalho árduo e cansativo, além de estressante quando a situação é complicada e exige muito da minha energia. 

Vou falar abertamente para você, que se casou com meu pai e se envolveu com ele quando ainda era casado e tinha 4 filhos com a esposa, minha mãe, sendo eu a primogênita. Não se preocupe que não vou expor seu nome, até porque não vale a pena e você não vale o meu esforço de ser lembrada. E é lembrada da pior maneira. 

Você, a vida toda, fez de tudo para afastar meu pai dos filhos. Você usa todas as armas que pode para isso e não suporta o fato de ele ter tido uma história antes de você.

Vamos recapitular. Minha mãe chegou primeiro. Os 4 filhos chegaram primeiro do que você. Só o caçula deve ter chegado depois. Você simplesmente apareceu depois de nós, invadindo nossa família e acreditando que tinha o direito disso e daquilo, sentindo pena de si mesma por ter se envolvido com um homem casado e não ter se colocado no lugar da minha mãe. Você foi egoísta, simplesmente.

Não vou te acusar, nem mesmo jogar toda a culpa em você. Meu pai é tão culpado quanto, e acredito que ele se arrepende de muita coisa.

Por mais que eu trabalhe com o perdão e tudo mais, eu nunca vou perdoar você por todo o mal que causou à minha mãe, a mim e meus irmãos. Não vou perdoar você por toda a sua maldade comigo e com a minha irmã em Eunápolis. Você fez da nossa vida um verdadeiro inferno, e fez de tudo para que fôssemos embora, e foi capaz de fazer o nosso pai nos surrar quase que diariamente com as suas mentiras.

Você é maléfica, tóxica, vazia e sozinha, que precisa mendigar o amor da minha família, que força simpatia com quem não gosta, e faz questão de disputar com outras mulheres a atenção vazia. 

Para o meu pai estar com você até hoje, ou ele deve te amar, ou há outra razão para isso (sic, sic), mas devo dizer que ele é corajoso, viu. 

E não, eu não vou culpar você por meu relacionamento com meu pai que desce e sobe a cada ano. Não sou como você, que culpa o mundo por sua infelicidade. Quando eu erro, eu reconheço, a culpa é minha e cabe a mim trabalhar nisso. 

Eu tenho tanta coisa presa para falar para você que no momento tudo o que eu sinto só pena, é sério. Você, com toda a sua maldade e falsidade com as pessoas, sei que não é verdadeiramente feliz.

Ah, meu pai e eu voltamos a nos falar e eu agradeceria muitíssimo que você não interferisse. É um relacionamento de pai e filha, no qual eu não te convidei para participar, e quero que respeite isso. Quero que respeite o passado dele, a história, os filhos que ele teve anterior à sua existência na vida dele.

E quero também que você peça perdão ao meu irmão Dimas por tê-lo deixado fora da casa com fome enquanto esperava meu pai chegar. Se não gosta do meu irnão, seja ao menos civilizada e educada com ele. É filho do seu marido e o legado dele. Peça desculpas a mim, à Meiry e Tiago, por todas as suas maldades. Sem isso, você jamais encontrará a paz. Essa paz que você tenta mostrar que tem ai, não existe. E eu não vou me esquecer o que você me disse quando eu tinha apenas 14 anos. Tá guardado na minha memória como um lembrete permanente de que eu jamais devo pensar, imaginar ou cogitar que que seja uma boa pessoa. Para fazer o que você fez comigo, minha mãe e meus irmãos, não deve vir de uma pessoa boa,  nem que tenha qualquer resquício de sentimentos de empatia. Eu diria até que você é sociopata e até algo pior. Ratificando: você é MALÉFICA.

Não vou me forçar mais em te aceitar, não consigo, e é um direito meu, e você também não colabora. E perdeu todas as suas chances disso acontecer quando levei minha filha para conhecer o avô e você inventou que ela, com apenas 1 ano de idade, tentou atacar seu neto com uma caneta. Você é podre, é lixo... Nunca conseguirá o meu respeito. 

Entenda uma coisa. Não é você que tem que nos aceitar. Somos nós, os filhos, aqueles cujos vieram antes de você. É difícil ou precisamos desenhar? 

Então, passou da hora de você amadurecer,  ao menos fingir que é uma mulher segura quando há enteados por perto, viu. Eu já me relacionei com homens com filhos e os aceitei de todo o coração, porque eu sou mãe e me coloco no lugar da mãe deles. Sendo mais nova do que você, consigo ser mais madura.

Peça perdão. Isso não vai fazer com que eu goste de você, muito menos os meus irmãos, mas pode mudar como eu te vejo como mulher do meu pai, porque tudo o que uma filha quer é ver o pai feliz. Talvez você não seja capaz de entender isso. 

Antes de ser "recatada e do lar", você foi amante por muito tempo. 

Ellen Roza.