Dia-a-dia.

 


Eu sou uma daquelas pessoas que tem grande dificuldade em lidar com mudanças de rotina, e acho que é por isso que não curto muito visitas em casa. Eu digo das visitas que vêm sem avisar, simplesmente detesto. 
  A minha rotina é variada, mas não muda muita coisa no geral. Se eu durmo no período da noite, o que é raro, passo o dia todo me sentindo cansada. Então, faço pouquíssimas coisas durante o dia, porque minha mente fica muito lenta e não consigo energia para fazer tudo o que quero ou planejo. Atualmente estou tentando mudar isso, mudando meus horários a todo custo, mas está sendo cruel com meu organismo.
 Eu sempre fui da noite, desde adolescente. A minha insônia começou quando eu tinha em torno de 15 anos. Passava horas acordada, dormia pouco e ia para a escola. E mesmo dormindo pouco na noite anterior, passava mais horas acordada na noite seguinte. Era um problema que eu não sabia que iria me seguir nos anos seguintes da minha vida, e tem me afetado de forma absurda. Quando comecei a trabalhar, eu consegui mudar meus horários, porque chegava muito cansada em casa. Pegava dois transportes públicos e levava 1 hora e 40 para ir e voltar do trabalho, e ainda tinha um dia intenso de atividades. Isso derruba qualquer pessoas. Visto isso, eu sempre acabava trabalhando em outra cidade, porque percebia que me ajudava a dormir durante a noite e ficar acordada durante o dia. 
 Com os anos, isso não mudou muito, mas me manter empregada ficou mais difícil depois da maternidade, onde decidi me dedicar integralmente à minha filha, embora eu senta falta da minha vida social de um modo geral. Tentei trabalhar em outra cidade quando ela tinha três anos, mas vi que isso não estava me ajudando, e que ela não estava sendo bem cuidada longe de mim. E o que me fez decidir a largar o trabalho foi quando eu soube que nem alimentada ela estava sendo. Isso machuca o coração de qualquer mãe. 
  Depois disso, fiz alguns bicos e tentei vendas em casa, e a minha insônia voltou com força total, se intensificando cada vez mais. Para manter minha mente trabalhando, fiz cursos, estudei várias coisas aleatórias, só para me manter em atividade de alguma forma. Criei blogs, canal de vendas e conteúdos interativos, e claro, passei a escrever livros. Fiz disso tudo o meu ponto de encontro comigo mesma e ter uma renda, mesmo que pequena. Como dizem por ai, melhor pingar do que faltar, e é um ditado certeiro. 
  Hoje, a minha rotina está sendo trabalhada, pois ainda estou nessa luta com meus horários loucos. E como voltei a escrever, estou tentando fazer isso durante o dia. Confesso que não está sendo fácil, pois não consigo me concentrar, nem escrever bem. O melhor horário para escrever é durante a noite, não tem jeito. E onde moro costuma ser bem barulhento por conta dos carros e ônibus que têm acesso à minha rua, fora a gritaria de crianças das casas vizinhas, além dos latidos de cachorros... Tudo isso me deixa louca de verdade, e já desisti de escrever inúmeras vezes nesses períodos diurnos.
  Estou me programando para escrever até 2.000 palavras no começo da noite e dormir depois, mas como eu me conheço bem, vou acabar estendendo o horário. Não sou boa em seguir as minhas próprias regras, muito menos a dos outros, sabe, e por isso eu digo que não garanto que consiga cumprir o planejado, só não custa tentar, certo?
  E é isso. Vamos que vamos e a gente tem que correr atrás!

  Fui!

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