Depressão

 

A depressão já é considerada uma das maiores doenças da atualidade, porque ela já gera outros transtornos psicológicos e mentais. E, em todas as fases da minha vida, tive picos depressivos. Antes não reconhecia como doença, mas um estado emocional, pois tinha baixaestima. Com o tempo, as crises se tornaram mais intensas, sem motivos nenhum para estar depressivo, isso porque nunca tratava, e vai se agravando. Passei a fazer o primeiro tratamento em 2008, quando morei no interior de São Paulo. O médico, na época, dizia que era depressão, que quando não tratada, poderia me levar a outros fatores e ao suicídio. Tentei o suicídio algumas vezes, inclusive quando estive grávida, mas não tive crise quando minha filha nasceu, o que é muito bom. Os picos de depressão variam bastante, mas são bem menos intensos do que antes, porque eu tenho ciência da doença, e ela não tem cura definitiva. Tem tratamento, controle, e é preciso muita força de vontade para vencê-la, sempre. 

O que me ajudou a me livrar dos remédios, que costumam ser bem fortes, foram duas coisas. Minha filha e a escrita. Para cuidar da minha filha e escrever, preciso estar 100% focada e bem! Não posso fazer essas duas coisas dopada de remédios o tempo todo. Até uns dois anos atrás tomava calmante para as minhas crises de pânico, e hoje não tomo mais, porque quero ser capaz de lidar com isso sem rempedios. No entanto, às vezes, sinto falta da medicação, porque não é sempre que consigo enfrentar a depressão e as crises de pânicos.

O que faço quando surgem as crises? Costumo ver doramas (dramas asiáticos), escrevo, ouço música, leio, passo um tempo com a minha filha, mas nem sempre tudo isso ajuda, então eu fico isolada, pra não afetar minha filha, que já como funciona, eu sempre converso com ela que as às vezes preciso ficar isolada por causa da depressão e sindrome do pânico (com crises de ansiedade generalizada). Ela é uma menina super inteligente e cuida muito de mim e de si mesma. 

O que me preocupa hoje, agora, é essa falta do remédio estar piorando as coisas, porque eu realmente não quero voltar para eles, e faço de tudo para fugir dos gatilhos, que estão por todos os lados. É bem complicado. 

Bom dia!