A história da garrafa.

 Esta semana tive que me estressar com um aluno da escola da minha filha. 

Assim, minha filha estuda em escola pública, por escolha dela e minha, que sempre estudei em escola pública, sendo apenas uma vez em escola particular e odiei, tive as piores experiências da minha vida na escola de elite, para nunca mais querer uma merda dessa e nem querer isso para minha filha. 

Acontece que, como em quase todas as escolas, há os famosos roubos. Os materiais da minha filha somem direto. Então as garrafas dela, ou são quebradas por terceiros, ou são roubadas. Só este ano, foram três garrafas que tivemos que comprar pra ela. A primeira, uma professora derrubou no chão sem querer. Aí, a minha irmã comprou outra para minha filha, que acabou sendo roubada no pátio. Então, comprei outra, que é similar, bem parecida, mas menor. 

Na última sexta-feira, por descuido de um coleguinha dela, a garrafa caiu no segundo andar, sendo que eles estavam no último. Outro aluno pegou a garrafa e saiu correndo, não devolvendo-a para minha filha. Várias testemunhas afirmaram que o aluno, cujo nome é Miguel, do 7ªC, havia pego. 

Minha filha pediu a ele para devolver, mas o garoto negou que tinha sido ele, categoricamente. Mentiu descaradamente. Então ontem fiquei sabendo disso, depois da minha filha tentar resolver sozinha, e não querer levar isso para a diretoria, relatando tudo o que aconteceu. 

Consegui o número de telefone da mãe dele, que é tia de uma colega de classe da minha filha, e entrei em contato, relatando o ocorrido e pedindo que o filho dela devolvesse a garrafa. A mãe, que se chama Adriana, respondeu em tom agressivo que não havia permitido que seu número pessoal fosse compartilhado e me bloqueou, e nem um pio sobre a postura do filho dela. Achei tão bizarro que fiquei desacreditada. 

Como último recurso, precisei levar ao conhecimento da diretoria da escola, que prometeu me ajudar a resolver, e que reuniria os envolvidos para entender o que aconteceu. 

Hoje, pela manhã, a diretora chamou todos os alunos envolvidos, além da minha filha e o próprio Miguel. Foram cerca de 10 testemunhas, mas bastou apenas uma para confirmar que o garoto havia pego o objeto e não devolveu. 

A diretora Camila, exigiu no mesmo momento a devolução da garrafa, que por acaso consta o nome da minha filha e a sala em que ela estuda, para que, em casos semelhantes, a devolução do item fosse certa. 

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Ainda estou impactada com o comportamento da mãe do garoto, que aparentemente não estava nem um pouco interessada no que aconteceu, muito menos no comportamento do seu filho. E isso é preocupante, porque o garoto aproveita essas brechas que são frutos da negligência dos pais para praticar coisas assim, que são errada e repudiadas por toda a sociedade, e pode levar esse mesmo garoto a caminhos incertos das vida. Fica aquele medo de pensar no que ele pode se transformar no futuro. É triste, e a gente percebe que acontece com muita frequência. 

Fica aquela pergunta: Onde estão os pais nessa hora?


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