Ficha Técnica de "Boa Sorte, Leo Grande"
- Título Original: Good Luck to You, Leo Grande
- Direção: Sophie Hyde
- Roteiro: Katy Brand
- Elenco:
- Emma Thompson como Nancy Stokes
- Daryl McCormack como Leo Grande
- Gênero: Comédia dramática
- Duração: 97 minutos
- Ano de Lançamento: 2022
- País de Origem: Reino Unido
- Distribuição: Searchlight Pictures
- Classificação: 14 anos
Sinopse: Nancy Stokes, uma mulher de mais de 50 anos, decide contratar um acompanhante masculino para explorar sua sexualidade, algo que nunca fez ao longo de sua vida. O filme acompanha os encontros dela com Leo Grande, um jovem charmoso, enquanto ambos enfrentam as inseguranças e expectativas sobre o prazer, a idade e o corpo.
Resenha:
"Boa Sorte, Leo Grande" é um filme que poderia facilmente ser resumido como uma mistura de comédia, drama e, claro, uma boa dose de sinceridade sobre as complexidades da sexualidade na meia-idade. Como mulher de 40 e poucos anos, assisti a esse filme com uma mistura de curiosidade, expectativa e até um toque de identificação – e vou te contar, a viagem foi uma montanha-russa emocional (com algumas risadas no caminho).
Primeiro, o filme foca na personagem de Emma Thompson, uma mulher de mais de 50 anos, que decide contratar um acompanhante (interpretado por Daryl McCormack) para explorar sua sexualidade, algo que ela nunca fez ao longo de sua vida. Ah, o clichê da mulher experiente que finalmente quer "viver"! E, sinceramente, embora a ideia de redescobrir o prazer com um "Leo Grande" (olha que nome, não é?) seja muito interessante, ela acaba representando uma realidade que muitas de nós, mulheres de 40 e tantos, conhecemos bem: o eterno conflito entre o que a sociedade espera de nós e o que realmente somos.
O filme faz algo essencialmente realista: ele não glamouriza a ideia de que, depois de 40 anos, estamos todas maravilhosas, seguras e com um apetite sexual voraz. Pelo contrário, ele trata das inseguranças que surgem com a idade, do medo de ser julgada e da ideia de que o prazer sexual deve ter uma "idade certa". E, claro, tem a grande questão do corpo. Ah, o corpo. O filme aborda isso de maneira honesta e até um pouco engraçada, porque, sim, a mulherada de 50 não é mais a mesma de 20 (obviamente). Mas isso não significa que a gente não tenha libido ou que o sexo deva ser uma experiência sem graça depois dos 50. Quem diz isso? Ah, sim… a sociedade. E o filme nos lembra que somos muito mais do que nossas rugas e celulites.
Emma Thompson, como sempre, arrasa. Ela é uma mulher vulnerável, mas também empoderada, com aquela sinceridade que só as mulheres maduras têm – sem filtros, sem medo de mostrar o que sente (e o que quer). A química entre ela e Daryl McCormack é engraçada e, ao mesmo tempo, desconcertante, mostrando que, por mais que a mulher tenha a experiência de vida, a sexualidade nunca é algo 100% resolvido. Pode ser confuso, engraçado, meio "ai meu Deus", mas sempre muito autêntico.
O filme, apesar de tratar de um tema sério e íntimo, tem uma leveza deliciosa. Ele não pesa a mão nos clichês de "liberação sexual", mas também não ignora os dilemas de quem viveu uma vida toda cheia de regras e agora precisa dar espaço para os próprios desejos. Afinal, quem nunca teve aquele momento em que você se pergunta: "Será que ainda sei o que me excita?"
No fim das contas, "Boa Sorte, Leo Grande" é sobre a redescoberta de si mesma, de se libertar das expectativas e se permitir viver a sexualidade sem medo de ser julgada. E, convenhamos, se alguém vai aprender a fazer isso de forma engraçada e realista, que seja com a maravilhosa Emma Thompson. Ela faz você rir, mas também faz você refletir, tudo ao mesmo tempo.
A moral da história? A vida sexual não termina aos 50. Ela apenas se reinventa – e se você achar que está velha para isso, é hora de assistir ao filme e dar boas risadas com o Leo Grande. Quem sabe até com um pouco de inveja do bom humor dele!
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